terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Lê, Eleusa

Se há algo que diz aquilo que esconde
a vida comum, cotidiana, arquiteta,
Do Plano Piloto, da seca urbana
É esse parabéns de homem distraído
Que sou desde que te vi
E tenho sido

Que não há como concentrar atenção
Em nada de datas, em horas mesquinhas
Quando com ganas lutas e vences
As circunstâncias que a tantos derrubariam

E mostras que heroísmo é destino
Não de quem quer, mas só dos que amam
Que mesmo que caiam, que sofram, que penem
Têm almas erigidas num altar divino

Mulher que ri com risada feliz
Me conta como nada abala esta crença
Não de igrejas, nem deuses, nem ciências
Mas da vida vivida como um grande poema

Se há algo que diz aquilo que mostra
a vida plena, supreendente, criativa
Desta Brasília banhada de amores
É a tua lembrança de amiga atenta
Que foste desde então
E continuas sendo

Nenhum comentário: