terça-feira, 23 de novembro de 2010

Para entender oito anos de Lula e os próximos 08 da Dilma Rousseff

"O Caminho da Servidão" evidencia o legado de Hayek
AMARTYA SEN
ESPECIAL PARA O "FINANCIAL TIMES"
A combativa monografia "The Road to Serfdom" ["O Caminho da Servidão"], de Friedrich Hayek, teve um profundo impacto no pensamento político, econômico e social das décadas seguintes à sua publicação, 60 anos atrás, e serviu como um manifesto intelectual contra o planejamento socialista e a intervenção estatal. Mas as idéias e os argumentos de Hayek têm algum interesse hoje, depois da queda do comunismo e da emergência do neoliberalismo como ideologia dominante no capitalismo contemporâneo? Eu afirmaria que eles continuam extremamente importantes.
Considere a insistência de Hayek em que qualquer instituição, incluindo o mercado, seja julgada pela medida em que ela promove a liberdade humana. Isso é diferente da aprovação mais comum do mercado como promotor de prosperidade econômica. Uma parte enorme da teoria econômica está envolvida na discussão da prosperidade, remontando a Adam Smith e David Ricardo. Essa conexão é realmente importante e não é de surpreender que se tenha dado tanta atenção a ver o mecanismo do mercado dessa perspectiva -defendendo suas conquistas assim como refutando alegações particulares e propondo endossos qualificados. Mas Hayek estava evidentemente certo ao insistir na clareza do objetivo de buscar a prosperidade.
Os mercados devem ser julgados, ele afirmou, por seu papel na promoção das liberdades, e não apenas por gerar maior renda (como Hayek disse certa vez: ganhar dinheiro pode ser interessante apenas para os avaros). Essa perspectiva integradora exige nossa atenção tanto para o resultado dos processos do mercado (incluindo a prosperidade econômica que ele pode gerar e a medida em que isso faria avançar a liberdade humana) como para os processos pelos quais esses resultados se realizam (incluindo a liberdade de ação que as pessoas têm num sistema institucional).

A perspectiva de ver os mercados e outras instituições em termos de seu papel no avanço das liberdades individuais foi o que Hayek colocou em singular proeminência. Pode-se indicar, em comparação, que, apesar do título do famoso livro de Milton Friedman (com Rose Friedman), "Free to Choose" ["Livre para Escolher"], o critério com o qual Friedman tende a defender o mecanismo do mercado não é a liberdade, mas a prosperidade e a utilidade ("ser livre para escolher" é considerado um bom meio -um excelente instrumento-, mais que algo valioso em si).

Auxílio ao entendimento
Embora alguns outros economistas, em particular James Buchanan (e em certa medida John Hicks), tenham apresentado idéias perspicazes sobre uma linha de raciocínio centrada na liberdade, é a Hayek que temos de recorrer para a articulação clássica dessa maneira de enxergar os méritos do mecanismo de mercado e do que ele dá à sociedade.
Não estou convencido de que Hayek entendeu totalmente as conexões substantivas. Ele estava cativado demais pelos efeitos capacitadores do sistema de mercado sobre as liberdades humanas e tendeu a minimizar -embora nunca tenha ignorado totalmente- a falta de liberdade para alguns que pode resultar de uma dependência total do sistema de mercado, com suas exclusões e imperfeições, e as conseqüências sociais de grandes disparidades na propriedade dos bens. Mas seria difícil negar a imensa contribuição de Hayek para nossa compreensão da importância de julgar as instituições pelo critério da liberdade.

Uma segunda contribuição de Hayek é de especial relevância para os pensadores à direita do espectro político. Em "O Caminho da Servidão", ele deu um poderoso raciocínio para indicar por que a provisão explícita deve ser dada pelo Estado e pela sociedade aos pobres e despossuídos. Enquanto Hayek é muitas vezes considerado rigidamente hostil a qualquer função econômica do Estado (além do que é necessário para sustentar o mecanismo de mercado), e certamente no final de sua vida deu motivos para pensar que essa era realmente sua opinião, no entanto em "O Caminho da Servidão" a posição de Hayek é muito mais ampla e inclusiva. Agora que o Estado do bem-estar social sofre críticas freqüentes, vale lembrar que o manifesto pioneiro que defendeu o mecanismo de mercado com base na liberdade não rejeitou a necessidade de um Estado do bem-estar e forneceu uma defesa racional dele como uma necessidade institucional.

Indiferença pela liberdade
Uma terceira contribuição de Hayek é de especial interesse para aqueles à esquerda do espectro político. A crítica de Hayek ao planejamento estatal baseia-se principalmente em um argumento psicológico sutil. Ele estava particularmente interessado pela maneira como o planejamento estatal centralizado e a enorme assimetria de poder que tende a acompanhá-lo podem gerar uma psicologia da indiferença pela liberdade individual. Como escreveu Hayek: "Nunca acusei os partidos socialistas de visar deliberadamente um regime totalitário ou mesmo suspeitei de que os líderes dos antigos movimentos socialistas pudessem demonstrar essa inclinação". Um dos argumentos centrais de Hayek foi que "o socialismo só pode ser colocado em prática por métodos que a maioria dos socialistas reprova".

Dificilmente podemos ignorar o maciço acúmulo de evidências -antes e depois da publicação de "O Caminho da Servidão"- da utilização tirânica do poder e dos privilégios burocráticos e da corrupção política e econômica que tende a acompanhá-la. A tese central de Hayek aqui foi indicar que, embora o socialismo tenha uma forte qualidade ética, por si só não pode garantir que os resultados da tentativa de implementá-lo estarão alinhados com sua ética, em vez de serem desviados e corrompidos pela psicologia do poder e a influência da arbitrariedade administrativa.
Hayek foi arguto ao chamar a atenção para uma vulnerabilidade básica que acompanha a autoridade administrativa irrestrita e ao explicar por que a psicologia social e os incentivos institucionais são extraordinariamente importantes. Supor que as maciças evidências na prática socialista de desvios do comportamento esperado não sejam mais que aberrações individuais facilmente evitadas seria comparável a culpar as "poucas maçãs estragadas" para as quais os líderes das forças da coalizão apontam no Iraque quando se recusam a considerar a corrupção sistemática subjacente à tortura e à brutalidade de um sistema de prisão irrestrito. Incidentalmente, as percepções psicológicas de Hayek sobre a administração também nos contam algo sobre a gênese desses terríveis eventos contemporâneos.

Enormes contribuições
Nossa dívida com Hayek é muito substancial. Ele ajudou a estabelecer uma abordagem de avaliação baseada na liberdade, por meio da qual os sistemas econômicos podem ser julgados (não importa a que julgamentos substantivos cheguemos).
Ele indicou a importância de identificar os serviços que o Estado pode desempenhar bem e tem o dever social de fornecer. Finalmente, mostrou por que a psicologia administrativa e as propensões à corrupção devem ser consideradas ao determinar como os Estados podem, ou não, funcionar e como o mundo pode, ou não, ser dirigido.

Como alguém cuja economia (assim como a política) é muito diferente da de Hayek, eu gostaria de aproveitar o 60º aniversário de "O Caminho da Servidão" para dizer como estamos enormemente endividados a seus textos em geral e a esse livro em particular. A dialética é criticamente importante para a busca do entendimento, e Hayek fez contribuições destacadas para a dialética da economia contemporânea.



Amartya Sen, professor na Universidade Harvard, recebeu o Prêmio Nobel de Economia em 1998.



Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves

Poema para Súsie

Que na sorte dos grandes feitos uns se alegram
Outros tantos agradecem aquela sina amorosa
Que os faz completos de outros e outrahora
Dá companhia aos que se calam e aos que choram

Há quem tenha olhos de ver poemas em rosa
E brutos que sangue nos gestos contemplam
Ou indiferentes aqueles que a si só enxergam
E os que têm fé em Deus e Nossa Senhora

A mim me deu a vida força mais poderosa
Que a esperança dos que amam o seu próprio destino
Um riso que me entorta o canto direito da boca

Pois, desde menino, carrego o teu amor antigo
E trago sentimentos que em tudo que toca:
Ouro nativo, língua viva, amizade nossa

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Disputa na Agenda Legislativa

Temer e a redução da jornada
Ilimar Franco informa: Os presidentes das centrais sindicais dos trabalhadores e patronais estão sendo chamados para uma reunião, quartafeira, com o presidente da Câmara, Michel Temer (PMDBSP).
Cotado para ser o candidato a vice da chapa de Dilma Rousseff, Temer quer votar, no primeiro semestre, a emenda constitucional que reduz a jornada semanal de trabalho de 44h para 40h. Na mesa de negociação, a implantação gradual da redução, uma hora a cada ano, a partir de 2011

Economia sem análise é sutiã sem alça


Quem procura jornalismo econômico, acaba encontrando algumas vezes economia de jornalismo. As manchetes alertando para o aumento da inflação escamoteiam o principal e até o consensual: as pressões inflacionárias foram sazonais, por causa das chuvas que castigam regiões produtoras, e isoladas, porque houve uma concentração de reajuste de preços de transporte público em vários estados. O Estadão procura e dá destaque ao secretário de Politica Econômica, Nelson Barbosa, dizendo justamente isso. A Folha fez terrorismo, com extrapolação estatística mostrando que essa é a maior alta em 20 meses e que, projetada em 12 meses, a inflação está fora do "centro da meta". Risível. Se eu fizer isso com o meu peso depois do Natal, estarei, em um ano, com 230 quilos! Uma matéria da Folha é particularmente interessante ao informar que está tudo bem com a política cambial, apesar da incrível alta de 0,38% em um dia! E 2,35% em dois dias. Uma excelente hipótese, bela apuração e texto, mas só senti falta de um pouco mais de contexto.

Política é, também, discurso


O Governo vai, de maneira inteligente, encontrando o discurso que deve dar alguma sustentação ideológica à sua candidata. A idéia, aparentemente simples, foi utilizada na campanha de 2006, só que já próximo das eleições: a velha questão do privatismo versus estatismo. Desta vez, ela vai mais cedo, conforme revela matéria publicada neste sábado pelo Globo, página inteira do principal caderno, mais matérias na página sequinte. A Folha de São Paulo também acerta na reportagem e fala em "guinada à esquerda". A estratégia - que deve tomar a pauta da mídias nas próximas semanas, deve centrar fogo no programa Minha Casa, Minha Vida e no projeto de banda larga na escola. Ou seja, não se trata de eleição plebiscitária, pois o governo aposta em propostas para o futuro. Enquanto isso, a oposição... faz o jogo do governo, compra a pauta e repercute muito mal, com um discurso economicista, um rascunho de proposta que será submetido ao congresso do PT. Dá a impressão de que estão com saudades do PT da Carta dos Brasileiro. O DEM e o PSDB sequer têm coragem de repercutir o Ciro Gomes, que vem metralhando o PT. Afinal, como disse o Millôr: "não é porque sou paranóico que não estou sendo perseguido!". É de dar pena essa estratégia e a completa falta de assunto político...
Serra, por sua vez, aparece no Estadão numa foto pouco simpática, tentando vencer, com um abraço, a timidez de uma criança. Defendeu uma pauta que não é dele (a autonomia do judiciário, ainda repercutindo o PNDH III) e informando que vai receber Madonna.

A matéria do Globo é a mais completa dos jornalões. Conta que na inauguração da primeira fábrica de chips da América Latina, a estatal com fins lucrativos Ceitec, da área de microeletrônica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, précandidata do PT à Presidência, exibiram ontem em Porto Alegre discurso afinado na defesa da presença forte do Estado na economia.
Um argumento que deve ser batido durante a campanha está pronto: "O presidente declarou que o governo não quer “estatizar por estatizar”, mas não abrirá mão de mostrar que “tem bala na agulha” para forçar o empresariado a ser mais parceiro e competitivo. Deu como exemplo a intenção de levar banda larga a todas as escolas públicas do país, com ou sem a participação da iniciativa privada."
O discurso serve para justificar e ampliar os efeitos do Minha Casa, Minha Vida: Dilma ilustrou seu pensamento com o seguinte exemplo: — Como é que a gente vai fazer moradia para todos os brasileiros que ganham até três, quatro salários mínimos, sem subsídio? A equação não fecha, porque o que eles ganham não é suficiente para pagar uma casa.
Aí o Estado tem de entrar pesado."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

CIRCULAÇÃO DOS MAIORES JORNAIS BRASILEIROS CAIU 7% EM 2009!

Do ex-blog do Cesar Maia

(Meio & Mensagem, 01) 1. Caiu 6,9% a circulação somada dos 20 maiores jornais diários brasileiros em 2009. Onze títulos viram seus números encolherem durante 2009. Os dois que mais caíram foram os do Grupo O Dia, do Rio de Janeiro: O Dia (-31,7%) e Meia Hora (-19,8%). Também tiveram quedas Diário de S. Paulo (-18,6%), Jornal da Tarde (-17,6%), Extra (-13,7%), O Estado de S. Paulo (-13,5%), Diário Gaúcho (-12%), O Globo (-8,6%), Folha de S. Paulo (-5%), Super Notícia (-4,5) e Estado de Minas (-2%).

2. A liderança continua com a Folha de S. Paulo (média diária incluindo domingo, de 295 mil exemplares), seguida por Super Notícia (289 mil), O Globo (257 mil) e Extra (248 mil). Em quinto lugar está O Estado de S. Paulo (213 mil), à frente do Meia Hora (186 mil) e dos gaúchos Zero Hora (183 mil), Correio do Povo (155 mil) e Diário Gaúcho (147 mil). O top 10 se completa com o Lance (125 mil).

3. Apenas seis conseguiram melhorar seus desempenhos de acordo com dados do Instituto Verificador de Circulação (IVC). São eles: Daqui (31%), Expresso da Informação (15,7%), Lance (10%), Correio Braziliense (6,7%), Agora São Paulo (4,8%) e Zero Hora (2%). Mantiveram-se estáveis: Correio do Povo, A Tribuna e Valor Econômico, que encerraram o ano passado com circulações bem próximas às do fechamento de 2008.

Redes Socias na Internet: por que desconfiar, por que aderir


Twittar ou tuitar?Nelson Vasconcelos de O Globo (www.oglobo.com.br)

E o Twitter chega a 75 milhões de usuários. Mas tem o seguinte: nada menos que 40% deles nunca enviaram qualquer mensagenzinha para a rede. Ou eles ficam só espiando as dicas alheias, o que me parece legítimo, ou apenas se inscreveram no serviço e caíram fora, o que é bem comum e compreensível.

Além disso, 25% dos twitteiros não têm seguidores.

Quer mais? Pois 80% do total twittou menos de dez vezes. No fim das contas, o levantamento da RJMetrics identificou que somente 15 milhões de usuários participam ativamente do microblog.

Altíssima
Por falar em números: ano passado o Facebook chegou à marca de 350 milhões de usuários registrados. Nada menos que 175 milhões deles dão uma conferida nos seus perfis todos os dias.

Segundo a Pingdom, existem 500 mil aplicações ativas no Facebook. E tem gente que não entende para que servem as redes sociais.

Pré-sal aumenta a pressão no Congresso

Pré-sal: Câmara pode votar amanhã

Cristiane Jungblut de O Globo

BRASÍLIA. O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), com apoio do governo, quer concluir amanhã a votação do projeto que trata da partilha dos royalties na exploração do pré-sal. No entanto, sabendo que há dificuldades políticas para o encaminhamento, governistas tentam acordo com a oposição para “salvar” a votação imediata dos projetos de capitalização da Petrobras e de criação do Fundo Social, menos polêmicos. Até agora, só o projeto que cria a Petro-Sal seguiu para o Senado.

Temer colocou o mais importante projeto do pré-sal como primeiro item da pauta, por acreditar que o Supremo Tribunal Federal (STF) não vai acolher o pedido do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para que não seja votada a emenda feita ao texto — apresentada pelos deputados Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) e Humberto Souto (PPS-MG) — que redistribui os royalties a todos estados e municípios, prejudicando o Rio de Janeiro.

A posição do governo é contra a emenda Ibsen, preferindo o texto acordado pelo relator Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ontem, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, conversou com Temer e disse ao GLOBO que, se uma proposta radical for aprovada, a tendência é o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Assessores técnicos da Câmara acreditam que o STF não vai interferir numa decisão interna tomada por Temer. O mandado de segurança, com pedido de liminar, foi apresentado por Eduardo Cunha junto ao STF com apoio do governador do Rio, Sérgio Cabral.

Regina Alvarez, de O Globo

Plano B

O governo vai tentar de tudo para liquidar a fatura do modelo de partilha do pré-sal na Câmara, concluindo a votação do projeto antes do carnaval.

Uma hipótese cogitada nos bastidores do Congresso é o uso de uma manobra regimental para derrubar o destaque do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), atenuando, assim, o desgaste dos parlamentares da base que são do Nordeste.

A proposta de Ibsen é dividir os royalties entre todos os estados brasileiros, o que implica perdas para o Rio de Janeiro e Espírito Santo, mas beneficiaria os demais.

A manobra regimental consiste no encaminhamento da votação de forma que, no momento de discutir o destaque do deputado Ibsen Pinheiro, não seja mais possível pedir verificação de quórum.

O destaque seria rejeitado por votação simbólica, sem nominar os parlamentares que votarem com o governo.

No fim do ano, a divisão da base abriu espaço para a aprovação da emenda de Ibsen no plenário da Câmara, e o governo, assustado, preferiu adiar a votação para 2010.

Pesquisa mostra que políticos são desconhecidos

De O Globo de hoje

Uma declaração pública de Pelé anos atrás — “Os brasileiros não estão preparados para votar” — causou uma grande polêmica no país. Agora, uma pesquisa de opinião realizada pela Ipsos Public Affairs — empresa francesa que trabalha no Brasil desde 1997 — constatou que o rei do futebol não estava totalmente equivocado.

Ela mostra que apenas três de cada dez brasileiros são capazes de identificar um ministro, um senador ou um deputado federal.

O estudo da Ipsos foi feito em 70 cidades, incluindo nove regiões metropolitanas. O resultado demonstrou que, mesmo na faixa com mais alto nível de educação, a ignorância política também é grande.

Nada menos do que 41% dos que cursaram universidade foram incapazes de mencionar o nome de um político. No geral, apenas cinco de cada dez das classes A e B foram capazes de citar corretamente um político. Na classe C o índice foi de 38% e nas D e E, de 20%. (José Meirelles Passos)

Corrida Presidencial


Sensus: pré-candidatura de Ciro favorece Dilma na disputa com Serra
Governador de SP segue na frente com 33,2%; Dilma tem 27,8%


Do Globo - Maria Lima e Gerson Camarotti

BRASÍLIA. A pré-candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) à Presidência da República beneficia, neste momento, a candidatura da petista Dilma Rousseff, pois a coloca em situação de empate técnico com seu principal adversário, o tucano José Serra. Sem Ciro na disputa, Serra amplia sua vantagem sobre Dilma; mas a petista segue crescendo em qualquer cenário.

Segundo pesquisa do Instituto Sensus divulgada ontem pela Confederação Nacional dos Trabalhadores (CNT), Serra segue na frente com 33,2% das intenções de votos (contra 31,8% em novembro), Dilma, com 27,8% (21,7% em novembro), Ciro com 11,9% (17,5% em novembro) e Marina Silva (PV) com 6,8% (5,9% em novembro). Na margem de erro, a intenção de voto em Serra varia de 30,2% a 36,2%.

E Dilma, de 24,8% a 30,8%.

No cenário sem Ciro, entretanto, o tucano sobe para 40,7% (40,5% em novembro), Dilma Rousseff fica com 28,5% (23,5% em novembro) e Marina Silva vai a 9,5% (tinha 8,1% em novembro). No segundo turno com Dilma, José Serra venceria com 44% (tinha 46,8% em novembro) e a petista com 37,1% (Tinha 28,2% em novembro).

O presidente eleito do PT, José Eduardo Dutra, comemorou o resultado e disse que Dilma cresce a cada pesquisa, com ou sem Ciro. Ele contestou a avaliação de que a presença de Ciro na disputa favorece Dilma: — Essa pesquisa está sendo interpretada da forma errada. O que tem de comparar é a evolução de Dilma nas pesquisas.

Bradesco, marca de valor


Para nós da comunicação um fato histórico: o Bradesco tem a nona marca bancária mais valiosa do mundo à frente de gigantes globais como o JPMorgan e o Credit Suisse.

O noticiário de política de hoje destaca a pesquia CNT-Sensus com uma mesma conclusão: Ciro favore Dilma na corrida presidencial.

O Estadão traz a informação de que a Suécia faz nova ofensiva para a venda de seus caças. E, na abertura do ano judiciário, Sarney reaparece criticando a edição de Medidas Provisórias.

Em economia, Belo Monte é o destaque, já que teve liberada sua licença ambiental não sem uma 40 exigências do Ibama. A obra vai custar R$ 1,5 bilhão. Outra novidade é o projeto Ctrl C, Ctrl V do Banco Central para limitar a remuneração dos executivos dos bancos, copiado da proposta apresentada por Obama no meio da crise.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

32 Dicas para uma comunicação corporativa eficiente


Marcone Gonçalves

Seth Godin, famoso autor de livros de marketing, fez uma lista sobre tudo o que um bom profissional de marketing deveria saber. Ela inspirou a lista abaixo sobre tudo o que um bom assessor de comunicação integrada deve saber:

1 – A mídia tem uma agenda própria de assuntos e um dead-line para cada jornal e programa. Ou sua instituição e seu assessorado se adaptam a isso ou ficarão refém da cobertura.

2 – Refém da cobertura é uma situação que transforma qualquer assessorado em uma personalidade inútil de uma entidade supérflua.


3 – Você não precisa de denúncias para aparecer na mídia. 95% das matérias publicadas pela Imprensa são informações de rotina, 3% são de acidente e outras 1% são escândalos ou informações fortuitas.

4 – Você só precisa de números de telefones para divulgar informações relevantes, exclusivas e que se antecipam aos assuntos de interesse da mídia. Para qualquer outra situação você vai precisar de contatos que te conheçam nas redações.

5 – Informação importante é aquela que afeta o maior número de pessoas, é inequívoca, tem relação com a cultura média dos leitores, já faz parte da pauta da mídia, é esperada pela mídia ou é imprevisível, serve para compor o noticiário.

6 – Informação relevante é aquela que, além disso tudo, se refere a pessoas, a pessoas da elite, a nações de elite, a fatos negativos.

7 - Fazer promessas e mantê-las é a melhor maneira de construir uma relação com a mídia.

8 - Os seus melhores contatos com os jornalistas valem muito mais do que a distribuição de um mailling amplo.

9 – Colunistas lidam com opiniões. Só lidam com fatos se forem exclusivos, inclusive para elaborarem notinhas de agenda que ajudam a pautar a mídia.

10 – Se você não se importa com a mídia, fique atento: ela se importa ainda menos com você.

11 – Assessoria de Imprensa é apenas uma tática. Comunicação Estratégica Integrada é muito mais do que isso.

12 - Conversas entre os membros da organização acontecem, queira você ou não. A boa comunicação serve para encorajar o tipo certo de conversa. Isso é comunicação interna.

13 – Serviços e Produtos que são relevantes viram assunto de conversa. A mesma coisa se dá com pessoas e instituições.

14 – Comunicação Integrada é tanto a forma como os porta-vozes estão preparados para falar com a mídia e divulgar seus resultados como, e mais importante, quais as informações que eles dispõem. Por isso, aposte em pesquisa, cobre relatórios e tenha números em mãos.

15 - Você não consegue enganar a maioria das pessoas, nem mesmo na maior parte do tempo. Além disso, quando você engana alguém, eles contam para os outros.

16 - Se a comunicação da empresa baseia-se em um orçamento anual fixo, ela encara essa área como uma despesa. Bons profissionais sabem que comunicação é um investimento.

17 – A mídia não divulga prioritariamente o que as pessoas, a sociedade ou o País precisam, elas divulgam o que as pessoas desejam.

18 - Você não é o responsável pelos fatos, e seus contatos não se importam com você.

19 - O que as pessoas querem é o extra, o bônus da emoção que elas recebem ao acompanharem o noticiário. E disso que a mídia está atrás;

20 - Maneiras tradicionais de interromper os consumidores de notícias (jornais de TV, boletins de rádio, jornais impressos) estão perdendo sua relação custo/benefício. Ao mesmo tempo, novas maneiras de espalhar idéias (blogs, informações via RSS, twitter, portais de internet e celulares) estão mostrando como funcionam bem.

21 - Pessoas de qualquer parte do mundo, e de qualquer classe social respondem às iniciativas de comunicação que prometem e cumprem tudo o que é relacionado às necessidades básicas do ser humano.

22 - Bons profissionais de comunicação contam histórias.

23 – Os jornalistas são egoístas, preguiçosos, desinformados
e impacientes. Comece com isso em mente e você vai se surpreender com o que vai encontrar pelo caminho.

24 – Comunicação que funciona não é o que se divulga, mas o que as pessoas notam. Não é o que você diz, mas o que as pessoas entendem.

25 – Para saber o que os jornais acham de sua instituição, leia-os. Pesquise sempre a opinião dos leitores, pois ela pode ser bem diferente.

26 - Histórias eficientes são aquelas que vão de encontro com a visão de mundo daquelas pessoas que você está tentando atingir.

27 - Escolha seus veículos, seus repórteres, editores e colunistas. Mande embora aqueles que prejudicam você a contar a história para os outros.

28 - Viver e respirar uma história é a melhor maneira para sobreviver em um mundo cheio de conversas.


29 - Bons profissionais de comunicação utilizam métricas.

30 – Comunicação estratégica integrada, mesmo para gestão de crise, não é uma medida emergencial, é algo que você começa planejar antes, e não acaba até que você atinja o objetivo.

31 - Um cliente insatisfeito equivale a dez clientes maravilhados.

32 – Se a instituição quer aparecer pode fazer propaganda. Se ela quer ser notícia, tem que apelar para comunicação estratégica e integrada. Os dois investimentos têm custos e, quando acertados, muito retorno.


Marcone Gonçalves é gerente de comunicação integrada da FSB

7 razões para não assitir Sherlock Holmes



Se você acha que um filme que chega ocupando capa de revista, de suplementos culturais e espaço em programas de meiquiofi, saiba porque fugir deste filminho...

1 - O filme é fraco, as intepretações lamentáveis e os personagens são ridículos.

2 - O roteiro é rasteiro: um detetive superficial procura solução para um caso irrelevante em mei o a um bando de gente incapaz. Valei-me, meu santo House!!!

3 - O personagem principal tá mais para Dona Diná do que para 007.

4 - Não é um filme gay, mas porque cargas d´água enfeiram as poucas mulheres que atuam?

5 - Quando quer fazer ri, a situação beira ao preconceito.

6 - Quando quer assustar, chega a ser ridículo.

7 - O filme cansa, aborrece e demora.


(Assistido