quarta-feira, 25 de julho de 2007

Futebol

Tô torcendo para o flamengo cair para a segundona e o Corithians anunciar sua falência. Só assim para arranjarem um proer para os clubes, acabarem com os pontos corridos e trazer o Bahia de volta para a primeirona.

Jesus Cristo: Messias Literário

Li, recentemente, um texto que busca demonstrar que o messianismo de Cristo não é verdadeiro. Acho interessante a abordagem e a discussão bastante esclarecedora. O cristianismo é a uma religião textual, onde os textos procuram dialogar entre si e com os outros, daí porque acho no mínimo razoável o apelo que a Igreja faz à Tradição. O problema é que os textos trazem subtextos, furos e contradições que obrigam o leitor a construir também a obra. A esse respeito, Umberto Eco tem uma obra espetacular, Lector in Fabula, que tão bem cabe à análise exegética. Daí porque, o cristianismo é uma religião literária em pura essência, o que torna brilhantes as abordagens de Kazatzankis (é assim que se escreve?) na Última Tentação de Cristo, Saramago no Evangelho sobre Jesus Cristo e, porque não? Monty Pithon em A Vida de Brian.

É claro que o catolicismo não seria o mesmo sem Agostinho (que eu, particularmente, acho filosófica e humanamente venerável), Tomás de Aquino (idem), Santa Teresa D´Ávila. Mas seria ainda mais pobre sem a força narrativa das imagens e da literatura. Da Vinci, Sheakespeare, Garcia Marques, Ariano Suassuana têm em seu DNA justamente a capacidade de diálogo narrativo que a cosmovisão cristão não negou aos seus filhos, mesmo com todo o índex da Igreja nem todo o calvinismo protestante.

Daí o horror que me causa a estupidez dos iconoclastas e a ignorância daqueles que tentaram fazer do texto bíblico uma obra fechada, como a última e definitiva edição do jornal de Deus. Tô fora! e daí reconheço a força do argumento que tenta "desconstruir" o messianismo cristão.

Mas isso muda algo em minha crença cristã? Não. Porque a beleza do cristianismo reside tanto no texto como no seu pre-texto. "Creio para entender e entendo para crer" é um axioma que um papa, acho que João XXIII, estabeleceu para encararmos o texto bíblico, sustentando que ele exige um respeito de nós e para nós mesmos, os vivos que debruçamos sobre eles e os mortos que o experimentaram primeiro.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

O Globo deu, na semana passada, uma matéria informando que a classe média fazia a farra em cinemas e shows com carteirinhas estudantis de araque. Eu nem preciso, que em Brasília os professores (inclusive os limitados como eu) recebem a meia-entrada. Se bem que acabo parei da dar aulas...

Terei que fazer um curso no wisdow.

Lutei contra isso na época que a meia-entrada foi aprovada, se bem que hoje não me interessa esse assunto. Os adolescentes deveriam ser mandados todos para um internato e só sair de lá quando acabassem as espinhas e a voz tivesse 20 decibéis abaixo do nível que apresentam.

Aos 36 anos, lidar com crianças é algo divertido, com adolescentes é insuportável, com velhos é imprevisível e, com os de nossa faixa... impossível.

A única coisa que eu peço ao pessoal do PC do B é que além de deficiente e velho arranjem um jeito de reservar vaga em estacionamento de Brasília para baiano, meio careca e meio obeso. São décadas de preconceito!!!

A carteirinha vale a pena para os "estudantes" assistirem Shrek e jamais perder o Ratatui, que também é genial.

Tragédia da TAM

E, quanto ao acidente da TAM.... nada dá mais para discutir de quem é a culpa e o valor das desculpas. Nem mais uma palavra depois das "declarações" do ministro avulso e seu jornalista assessor. Os dois tão nobres e cheios de sentimentos encerram a tragédia e qualquer possibilidade de se falar nela.

Lulismos

Para aqueles que ficaram afetados quando o FHC disse, com toda razão, que um funcionário público que se aposenta aos 45 anos é um vagabundo.

Para aqueles que ficaram indignados quando Ciro Gomes disse que a mulher dele teria como tarefa em seu governo dormir com ele.

Para aqueles que se indignaram com o "estupra, mas não mata" de Maluf.

Para aqueles que....

Enfim.

O Lulismo para os lulistas....



A VIDA NÃO VALE NADA?
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http://www.youtube.com/watch?v=wW-ptpYQ1Ds

Dialogo com uma amicíssima, que me fala que um dos seus projetos é a culinária judaica. Comida para mim é mais importante forma de perversão e da comida judaica só tinha ouvido falar do manjar que Deus mandou dos céus e os hebreus acabaram enjoando o sabor.

Doutor House



No final das contas, estamos em sintonia. Meu herói predileto nos últimos tempos é o Doutor Gregory House, um médico narcista, grosso, obcecado, viciado em remédios e absolutamente genial. Tirando a genialidade, identifiquei-em de imediato com a misantropia do personagem. O lema de House: "Todo mundo mente". Ele acha os pacientes intoleráveis e chama seus subordinados de lacaios e capachos. Por que cargas d'água fui me interessar por um personagem tipo assim? A série, que a record tá passando às sextas-feiras, fala de medicina, mas mais especialmente das relações de poder dentro de um grupo humano, que não muito diferente numa padaria, no partido político ou dentro de casa. E, para sobreviver a essas relações, é preciso ter uma alta dose de crueldade ou de cinismo. Eu prefiro ainda a crueldade.